Os galhos

Acho que seria mais fácil eu fingir que não estou sentindo nada, tentar parecer que estou bem e esconder as rachaduras que estão dentro de mim e estão crescendo em uma velocidade inimaginável. Pode parecer que isso tudo é um exagero e que estou sendo egoísta demais dizendo isso tudo, dizendo que sinto tanto a sua falta que sou capaz de me mudar pra bem longe só pra ter você de novo e sentir seu cheiro bem de perto. Eu não sei quando foi que tudo começou, quando foi que eu dormir e deixei todas essas coisas acontecerem, quando foi que deixei você passar por entre os meus dedos.

Pode ser que eu nunca mais irei te ver, devido as coisas que foram acontecendo durante esse período de tempo, interessante seria dizer o quanto eu gostaria que você estivesse aqui pra eu poder te contar como foi o meu dia ou só pra poder ficar te olhando como eu sempre fazia.

O mistério da árvore vermelha foi desvendado e o filhote de lobo foi esquecido, descobri que está se divorciando e tem outra família.

A árvore vermelha era só uma coisa que me manteve viva tentando ter a ilusão de uma vida que não se pode ter, deve ser que o mundo imaginário é melhor que o real e andar descalço é um pedido de socorro por liberdade que, sabe-se lá quando iremos ter.

Os galhos estão quebrados e estou lutando para restaurá-los, demora um tempo para crescer de novo porém já se nota a mudança.

Agora vamos parar por um minuto para falar do amor, e eu sinto muito por isso, mas é preciso! O amor é uma loucura, que ninguém sabe de onde vem e pra onde vai, ele chega e nem pede licença, ele faz da noite minha maior dificuldade. Um dia desses amei alguém e no outro dia ele se foi, sabe se lá qual dia vai voltar, e é por isso que tenho raiva do amor, tenho raiva por amar, amar tanto que chega a doer e não é uma dor normal, é daquela que vem e nem remédio resolve, aquela que faz um buraco enorme no peito! Mas enquanto isso sobrevivo com as incertezas da vida.

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