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Mostrando postagens de setembro, 2011

Árvore verde - Poesias Inéditas

Árvore verde, Meu pensamento Em ti se perde. Ver é dormir Neste momento. Que bom não ser 'Stando acordado ! Também em mim enverdecer Em folhas dado ! Tremulamente Sentir no corpo Brisa na alma ! Não ser quem sente, Mas tem a calma. Eu tinha um sonho Que me encantava. Se a manhã vinha, Como eu a odiava ! Volvia a noite, E o sonho a mim. Era o meu lar, Minha alma afim. Depois perdi-o. Lembro ? Quem dera ! Se eu nunca soube O que ele era. Fernando Pessoa

Metal Rosicler

Metal Rosicler Não perguntavam por mim, mas deram por minha falta. Na trama da minha ausência, inventaram tela falsa. Como eu andava tão longe, numa aventura tão larga, entregue à metamorfose do tempo fluido das águas; como descera sozinho os degraus da espuma clara, e o meu corpo era silêncio e era mistério minha alma - - cantou-se a fábula incerta, segunda a linguagem da harpa: mas a música é uma selva de sal e areia na praia, um arabesco de cinza que ao vento do mar se apaga. E o meu caminho começa nessa franja solitária, no limite sem vestígio, na translúcida muralha que opõem o sonho vivido e a vida apenas sonhada. (Cecília Meireles) Tudo está diferente Tudo acontece por um acaso Mais eu quero que seja eterno, que seja eterno enquanto dure...